Editorial - Ministério da bagunça

Por Portal Opinião Pública 18/03/2021 - 14:48 hs
Foto: Reprodução / Twitter Presidente Jair Bolsonaro

Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e agora Marcelo Queiroga. Essa é a lista de ministros da Saúde que o Brasil teve ao longo dos últimos doze meses e, consequentemente, durante a pandemia de Covid-19, que tem atingido, semana após semana, níveis cada vez mais terríveis em todo o país. Instabilidade total em um período que o Brasil precisava justamente do contrário, de estabilidade no órgão que é a maior referência da Saúde na nação.

Nenhum país no mundo trocou tanto seu maior representante na área da Saúde durante a pandemia quanto o Brasil. Uma verdadeira bagunça que só trouxe prejuízos, pois a partir do momento em que há uma troca desenfreada de ministros, não existe continuidade de trabalhos e metodologias. Troca-se para agradar a determinado segmento sem levar em contra os problemas que isso gera, ainda que os escolhidos pudessem convergir em alguns pontos. Isso não traz benefício algum, principalmente em um momento em que são necessárias medidas firmes para evitar maiores problemas.

Hoje o Brasil possui uma taxa de vacinação bem baixa, enfrenta problemas para produzir ou adquirir mais imunizantes e vê, cada dia mais, aumentar o número de mortes diárias por Covid-19, bem como o número de casos e de internações nas UTIs, que em alguns lugares já estão colapsando. O país vive o que parece ser um cada um por si, não há unidade.

Com Marcelo Queiroga assumindo o cargo agora, espera-se o mínimo de estabilização para que o Brasil possa, de fato, combater a Covid-19 como tem de ser feito. Mas pelo histórico recente, será que podemos confiar nisso?