A pandemia de Covid-19 já completou um ano no Brasil. E quem achava, ainda em 2020, que a situação já estaria controlada depois desse período, se enganou redondamente. Em março de 2021, o país vive o ápice da contaminação e de mortes pela doença, tendo superado pela primeira vez, nesta semana, os três mil óbitos por Covid em apenas um dia.

A situação é caótica e não, não estamos exagerando. Vários estados estão em um momento crítico no que se refere a disponibilidade de vagas de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para atender aos casos mais graves da doença. E em algumas cidades, as condições já ultrapassaram qualquer limite. Um exemplo é a vizinha Ribeirão Pires, onde mais de 20 pessoas já faleceram à espera de um leito, já que todas as unidades disponíveis no município estão ocupadas, assim como a de cidades vizinhas. Em Mauá mesmo, a taxa de ocupação dos leitos de UTI é sempre muito alta.

Além disso, há falta de diversos itens utilizados para o tratamento das pessoas contaminadas com o coronavírus. Falta oxigênio, faltam respiradores, faltam medicamentos utilizados para a entubação de pacientes em estado grave... tem faltado de tudo.

Por esse motivo, várias ações, cada vez mais restritivas, estão sendo adotadas na tentativa de frear a disseminação do vírus e evitar que mais pessoas se contaminem, desenvolvam sintomas graves da doença e sigam sendo encaminhadas para UTIs, ou pior, nem consigam essa vaga e venham a óbito aguardando por uma resolução.

Precisamos fazer a nossa parte para não somente evitar que sejamos os próximos contaminados ou que contaminemos familiares ou amigos, mas também para diminuir a disseminação do vírus. O momento é difícil, principalmente para quem precisa trabalhar, mas se não colaboramos, essa situação irá demorar mais para passar e continuaremos como os maiores prejudicados.