Há algumas semanas, neste espaço, falamos sobre o início da corrida eleitoral para 2022. Naquela oportunidade, foi abordada a movimentação que alguns partidos e candidatos já faziam visando o pleito. Os debates, inclusive, giravam em torno, principalmente, dos cargos majoritários, tanto para os governos estaduais quanto para a presidência da República.

Como foi dito naquela oportunidade, tais movimentações não são estranhas, embora falte pelo menos um ano e meio para irmos às urnas. Entretanto, mesmo com a corrida eleitoral de 2022 cada vez mais aquecida, será que é hora mesmo de se pensar nisto, já que ainda parecemos longe de resolver um dos maiores problemas enfrentados por essa geração, que é a pandemia de Covid-19?

É óbvio que a pandemia tem impacto político agora e ainda terá no curso da campanha do próximo ano. Será um dos temas mais debatidos por postulantes a deputados, senadores, governadores e presidente. Não há como desassociar uma coisa da outra. Porém, o momento atual, com recorde de óbitos e uma média móvel de mortes altíssima, requer um esforço maior para que haja o controle da pandemia do que para se determinar possíveis candidatos.

Somos, neste momento, o grande epicentro da pandemia e se nada for feito, continuaremos vendo pessoas morrendo. Por esse motivo é que postulantes e, especialmente os atuais governantes, devem parar de usar suas ações politicamente, pensando em obter vantagens para o próximo ano. O esforço coletivo precisa ser voltado para salvar vidas.

Claro que as eleições de 2022 serão muito importantes. Estamos falando do futuro próximo do nosso país. Mas ainda há um longo percurso a se percorrer e um obstáculo enorme a ser vencido antes de esse processo ser iniciado. Foquemos nisso.