Editorial - Triste realidade

Por Portal Opinião Pública 01/07/2021 - 12:42 hs
Foto: Freepik / leonidassantana

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (30) dados nada animadores de sua PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) sobre o índice de desemprego no país. Segundo o relatório, a taxa de desemprego no país no trimestre fechado em abril mostrou que 14,7% da população não está trabalhando. Esse número corresponde a cerca de 14,8 milhões de pessoas nesta situação, um recorde levando em conta a série histórica iniciada em 2012.

E tal situação afeta muito mais pessoas do que imaginamos. Além dos mais de 14 milhões de brasileiros que sofrem diretamente por não conseguirem trabalhar – muitos deles arrimos de suas famílias - há muitas outras pessoas que padecem indiretamente. É um problema muito maior do que imaginamos.

Ainda que o momento de crise financeira, somada a pandemia que já dura um ano e meio e é um problema global, ajudem boa parte deste grave problema, o desemprego no Brasil é algo que já incomoda faz algum tempo. E mesmo com o passar dos anos, é uma situação que não é corrigida. Pelo menos no que tange ao emprego formal. Com isso, cresce a informalidade.

Nos últimos anos, o número de entregadores, de motoristas de aplicativo, de ambulantes e de outras profissões autônomas cresceu bastante, pois essa foi a forma que muitas pessoas encontraram para se manterem ativas e tirarem dali o seu sustento e o de sua família. Porém, por mais que essas modalidades garantam essa sobrevivência, não há estabilidade.

A geração de empregos precisa ser uma pauta urgente a ser discutida em todas as esferas do país. É algo prioritário, pois trata de algo vital para a sobrevivência de nossa população.