Recentemente
ouvimos com pesar notícias sobre dois acidentes com vítimas fatais envolvendo o
uso de aquecedores a gás, com oito mortos. Mais três pessoas morreram devido à
inalação de gases (dióxido e monóxido de carbono) oriundos da queima de carvão
em churrasqueira, numa tentativa de aquecer o quarto em que dormiam. Onze
mortes totalmente evitáveis.
Infelizmente
esse tipo de acidente, principalmente com aquecedores a gás, não são raros, e,
com a chegada do inverno, a frequência de acidentes aumenta.
Algumas
medidas preventivas, na fase de compra e instalação do aquecedor devem ser
tomadas:
a) Somente
comprar aquecedores certificados pelo Inmetro;
Porém
vale informar que em um estudo recente (2014), a Proteste avaliou os
aquecedores das cinco principais marcas do mercado. De dez modelos, cinco na
versão gás natural (GN) e cinco na de gás de botijão (GLP), quatro produtos
foram reprovados no quesito segurança.
O
problema mais grave dos aquecedores eliminados foi a alta concentração de
monóxido de carbono encontrada no ambiente da instalação e na chaminé do
aparelho. Sugerimos que se compre os produtos aprovados pelo Inmetro,
que é o KO151BFGN1 da Komeco, a gás natural. Em GLP, o
KO15FBFLP1, da Komeco e o 315HFBE da Orbis foram aprovados.
b) O
projeto e a instalação do aquecedor devem ser feitos e acompanhados por
engenheiro inscrito no CREA e com ART - Anotação de Responsabilidade Técnica –
emitida.
Para
equipamentos já instalados em casa ou quando viajamos a lazer para hotéis que
possuem esse sistema de aquecimento, as seguintes medidas de segurança devem
ser observadas:
1) As
válvulas e as conexões devem estar sempre em perfeito estado;
2) O
local onde o aquecedor está instalado deve possuir ventilação permanente.
Essa é a dica principal, que não pode ser negligenciada; Tomando essa
precaução, não haverá acúmulo de nenhum gás oriundo da queima, seja monóxido ou
dióxido de carbono;
3) Se
possível, tenha em casa um detector de gás para detecção e alarme de gás CO (monóxido
de carbono), vendido em lojas de ferragem por preço bem acessível.
4) A
chama do queimador deve sempre ser azulada, indicativa de queima completa;
5)
Efetue, anualmente, uma revisão técnica no aquecedor, com profissional
habilitado.
Rodnei
Augusto Felício é engenheiro químico e diretor da câmara de engenharia química
da ASSEAM – Associação de engenheiros e agrônomos de Mauá.
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