Dr. Luiz Marcelo Chiarotto Pierro
Nos últimos anos, a pandemia, o desemprego e a crise
financeira brasileira, obrigaram parte da população a trocar o convênio pelo
SUS. Mas qual é melhor?
Os convênios são chamados de “saúde suplementar”. A saúde
suplementar no Brasil é a atividade que envolve a operação de planos de seguro
privado, de assistência médica à saúde. Essa operação é regulada pelo poder
público, representado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As
operadoras compreendem seguros especializados em saúde, medicina de grupo,
cooperativa, instituições filantrópicas e autogestão.
Portanto, os convênios médicos não têm parceria com o SUS, ainda
que sejam regulados pelo poder público, sendo que é uma empresa quem faz a
negociação entre o cliente e os profissionais de saúde. Sua vantagem é a maior
rapidez no atendimento e a necessidade de cumprir metas para não apresentar as
fragilidades do SUS.
Já o SUS (Sistema Único de Saúde) funciona por meio de
investimentos provenientes de impostos e é regulado pelo Ministério da Saúde.
Esse modelo possui metas a nível nacional que, quando cumpridos por uma cidade,
aumentam o repasse do Governo Federal. Um exemplo é o cuidado com os pacientes
hipertensos e diabéticos, que contam com um programa específico do governo. Ou
seja, quanto mais a cidade trata seus pacientes hipertensos e diabéticos, maior
o repasse.
O convênio médico trabalha com o valor financeiro das
mensalidades e, com isso, obriga os clientes a necessariamente terem
autorização para determinados procedimentos. Já no SUS, que preconiza uma saúde
universal, esse tipo de autorização não é necessário.
Com o influxo de pacientes do convênio para o SUS, o número
de leitos disponíveis para a população é sempre limitado. Principalmente em
unidades de terapia intensiva. No convênio o número de leitos deveria ser
suficiente para abranger todos os conveniados.
Os protocolos de atendimento são iguais, tanto no SUS como
no convênio. O tratamento para infarto do coração, medicações e doses é igual
tanto nos hospitais por convênios como no SUS. A diferença básica é o tempo
para consultas e exames. Nos convênios, existe um limite de tempo de espera
para consultas, enquanto no SUS não existe esse tipo de regulação. Quanto aos
profissionais, grande parte dos que trabalham com convênio, também atendem no
SUS.
Concluo que o SUS ainda é uma vantagem para o Brasil,
diferente de outros lugares do mundo. Mas o convênio veio para suprir as
demandas não resolvidas pelo SUS. Tanto convênio quanto o SUS tem sua vantagens
e desvantagens. Porém, quanto mais lutarmos pelo SUS, menor será nossa
dependência da saúde suplementar.
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