Dr. Luiz Marcelo Chiarotto Pierro
Nos últimos anos, o avanço
tecnológico trouxe a luz da ciência para a parte médica. Hoje, temos programas
de computador que avaliam tomografia e ressonância com uma sensibilidade maior
que a visão do médico. Será isso o fim da radiologia?
Mais adiante, a inteligência
artificial começou a diagnosticar doenças, conforme um banco de dados previamente
estabelecido. Apenas com a história médica e alguns exames, o diagnóstico
preciso pode ser realizado por um computador.
Mas o quanto isso é válido?
Se todos nós fossemos iguais,
faria sentido. Mas não. Somos diferentes, e bem diferentes. Pode se ter a mesma
idade, sexo, cor, religião. Podem ser irmãos, mas existem diferenças. E essas
diferenças o computador não consegue avaliar.
Hoje na medicina trabalhamos
centrados no paciente, isso é, não se trata apenas da doença, mas qual
sentimento a pessoa tem em relação a sua enfermidade. A influência do psicológico
atua sim no tratamento e esse tipo de variável o computador não consegue
realizar.
Examinar uma pessoa, ausculta
cardíaca, pulmonar, exame do abdômen, nada disso pode ser feito por uma
máquina. Muitas vezes a cara de dúvida do paciente alerta ao médico para que,
talvez, ele não esteja entendendo o que está sendo dito.
Sentimentos, exames, percepção de
algo errado, nenhuma máquina substituirá o homem. A suspeita diagnóstica pode
ser feita por um computador, mas e o tratamento? Cada paciente responde de uma
forma.
Instrumento como o ChatGPT, muito
usado hoje, deverá servir apenas como "tira-dúvidas" e jamais como
programa para diagnóstico e tratamento.
A medicina robótica avançou e
hoje, algumas cirurgias podem ser realizadas por computador. Porém, na menor
intercorrência, um cirurgião deverá estar no momento da cirurgia para atender
ao paciente. Anatomicamente, somos diferentes.
Então, a inteligência artificial
não irá tomar o lugar do médico, mas servirá de auxílio nos diagnósticos
mais complexos.
Pode-se mudar tudo quando
computadores tiverem a percepção do psicológico humano, mas até lá, apenas
humanos podem avaliar o que é melhor para o paciente.
Mas não podemos não falar sobre
isso.
Um grande abraço!
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