Marcelo Oliveira lança obras que irão combater enchentes na avenida João Ramalho
Recursos foram recuperados pela atual gestão, junto ao Governo do Estado
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), assinou nesta
segunda-feira (11) a ordem de serviço para o início das obras que ampliarão o
escoamento de água, em dias chuvosos, no entroncamento do córrego Taboão, do
Piscinão do Paço Municipal, no sentido do rio Tamanduateí. A intervenção
consiste no aumento da tubulação com cerca de 40 metros de extensão que passará
por baixo dos trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da
avenida Alberto Soares Sampaio, e tem como meta prevenir as enchentes na região
da avenida João Ramalho.
A assinatura da ordem de serviço ocorreu no local onde serão
realizadas as obras. "Fiz questão de realizar esse ato aqui, pois é um
terreno na Vila Noêmia onde funcionou por anos a Automasa, antiga
concessionária da Volkswagen que deixou nossa cidade por conta das enchentes. O
espaço, próximo ao Teatro Municipal, está localizado exatamente ao lado de onde
aumentaremos a vazão da água", disse o chefe do Executivo, que também
explicou quais benefícios a obra trará. "As intervenções irão mais do que
dobrar a capacidade de vazão da água no local em dias de chuvas, contribuindo
significativamente para evitar enchentes na região. A capacidade de escoamento
das águas entre o piscinão do Paço e o rio Tamanduateí no trecho citado passará
de 22 mil litros por segundo para 50 mil litros por segundo. A ideia é não
causar impacto no trânsito nas vias citadas e nem na circulação de trens em
razão desta obra", comentou.
De acordo com dados da gestão mauaense, serão investidos
mais de R$ 10,5 milhões, entre recursos provenientes do Governo do Estado e
contrapartidas da Prefeitura. Essa intervenção, na verdade, é a continuidade do
projeto iniciado em 2015 e que foi paralisado em 2017, segundo a atual
administração, por descaso da gestão anterior. Quando estiver concluída, a obra
poderá ajudar de duas formas. Uma delas, com o aumento da vazão, é suportar um
volume maior de quantidade de chuvas, diminuindo a possibilidade de ocorrência
de alagamento e a outra é, em caso de inundação, aumentar a velocidade de
escoamento, acelerando a diminuição do nível da água.
Outra medida importante para que fosse possível a retomada
da obra, foi conseguir autorização da CPTM para que os trabalhos pudessem ser
realizados por baixo da linha férrea. Essa permissão só foi conquistada em
março de 2023 e, desde então, a Prefeitura trabalhou para a atualização do
projeto e reuniu toda a documentação para garantir a segurança da delicada
execução dos serviços.
O método utilizado para essa obra é o não destrutivo NATM –
New Austrian Tunneling Method, para causar menos impacto e riscos para o solo e
não prejudicar a circulação dos trens. Outras ações complementares serão
executadas, como a restauração de muros de gabião.
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