Parecem
inofensivas as pequenas bolhas ou vesículas, com líquido incolor, que surgem
nas mãos ou nos pés. No entanto, esses sintomas são consequência da disidrose,
um tipo de eczema que causa um grande desconforto e, se não tratada, pode se
tornar crônica.
De acordo com o dermatologista Antonio Lui, do
Hospital Santa Casa de Mauá, a patologia não é contagiosa e atinge homens e
mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Embora seja muito comum no calor, também
pode ocorrer no frio.
As causas da doença não são totalmente esclarecidas,
mas sabe-se que é desencadeada pelo estresse, pela ansiedade e por outras
emoções. Ela também é comum nas pessoas com dermatite atópica, com hiperidrose
e com alergia ao níquel, ao cobalto e a alguns alimentos.
Além das bolhas nos dedos das mãos e dos pés, a
coceira, a dor, a vermelhidão, a ardência e a descamação são outros sintomas
característicos. O diagnóstico é clínico e alguns exames laboratoriais e de
alergia podem ser solicitados para descartar outras possibilidades e patologias
associadas.
O tratamento consiste em banhos de permanganato de
potássio e compressas com água boricada 2%, que amenizam a coceira e a redução
das bolhas. De acordo com a gravidade, o avanço da doença, as pomadas ou
comprimidos à base de corticoide podem ser recomendados. Caso o fator emocional
esteja envolvido além do tratamento com o dermatologista, pode ser necessário
ainda o apoio de uma equipe multidisciplinar.
Em conjunto ao tratamento, alguns cuidados são
recomendados como: não lavar as mãos muitas vezes ao dia e lavá-las com
cuidado; utilizar sabonetes neutros; usar luvas de borracha ao lavar roupas e
louças para não ter contato com o sabão e o detergente; ingerir bastante
líquidos; reforçar a hidratação da pele com produtos indicados pelo médico e
secar bem a região afetada após o contato com a água.
“A disidrose pode durar dias ou até semanas. Em
casos crônicos, ela pode voltar em pouco tempo ou em alguns meses. A
intensidade pode variar de acordo com o fator desencadeante e com a idade do
paciente e, com o passar do tempo, as crises reduzem e podem até desaparecer”,
explica o dermatologista Antonio Lui.
Caso as crises de disidrose sejam desencadeadas
por algum tipo de alergia, é importante rever mudanças na dieta e, até, no
estilo de vida. Embora ainda não tenha cura para a patologia, os sintomas podem
ser controlados.
O
Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 -
Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
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