Um vídeo postado na última semana pelo influenciador Felipe
Bressanim Pereira, popularmente conhecido como Felca, suscitou uma série de
discussões sobre a “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais. O
tema, muito bem destrinchado pelo youtuber (e que já vinha sendo exposto por
muitas pessoas, mas sem o mesmo alcance), caiu na boca do povo e abre espaço
para algumas discussões seríssimas.
Um dos debates que podemos extrair do tema refere-se a
questões sociais. A principal denúncia trazida por Felca em seu vídeo gira em
torno do fato de que muitos adultos – indo de pais a completos estranhos - têm
utilizado as imagens de crianças e adolescentes para ganhos financeiros por
meio da internet.
Porém, o que esses adultos não percebem (ou não se importam
em saber) são as graves consequências que esta exposição pode gerar para
pessoas que ainda não têm total consciência de seus atos. Ao serem exibidos de
forma sexualizada - e muitas vezes contra a própria vontade - estes jovens
acabam desenvolvendo transtornos psicológicos que cobram um preço alto em suas
vidas adultas.
Além disso, por não possuir completo discernimento do que
acontece ao redor, eles também se tornam alvos fáceis para abusadores e passam
a sofrer com este problema em ambientes onde deveriam estar seguros.
Assim, os pais ou responsáveis por crianças e adolescentes
precisam estar cientes disso para tomarem o devido cuidado com a exposição dos
menores e também verificando o conteúdo que eles consomem e com quem se
relacionam por meio das redes.
Outro ponto que precisa ser debatido é a regulamentação das
redes sociais e responsabilização de seus proprietários. A discussão sobre este
tema, que já vinha aquecido em torno de conversas alusivas a situações como a
propagação de ‘fake news’ e de ameaças, precisa ser reforçada pela necessidade
de restringir a divulgação de conteúdos que envolvam a exposição de jovens.
Em seu vídeo, Felca exemplificou como é fácil para que
alguém mal-intencionado tenha acesso fácil a fotos e vídeos de crianças e
adolescentes sem qualquer tipo de restrição, e utilizando o algoritmo das redes
sociais, e também como agem alguns grupos que compartilham esse material. E
tudo isso é feito de forma explícita, sem que haja qualquer tipo de controle, o
que mostra o quão bizarro e perigoso é esse mundo.
Por esse motivo, o debate sobre a implementação de políticas
que criem regras e mecanismos para frear essas ações nas redes sociais se torna
tão importante, afinal, se depender dos responsáveis por elas, nada será feito
para não interferir em lucros e ganhos.
As redes sociais se tornaram um trem desgovernado que precisa
ser contido com consciência em sua utilização e através de regulamentação, para
que não se torne campo fértil para atos perversos.
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