Editorial – Mudança estrutural

Por Portal Opinião Pública 28/08/2025 - 17:08 hs
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Os recentes casos de feminicídio que voltaram a chocar o país, devido a brutalidade com que aconteceram, reacendem a discussão sobre a importância do combate a esse tipo de violência extrema. E para que seja efetiva, essa luta precisa ir além das punições, exigindo uma mudança estrutural na sociedade.

Para reduzirmos o número de casos de feminicídio no Brasil, precisamos começar pela educação. Desde a infância, ensinar nossas crianças sobre o respeito e a igualdade de gênero ajudará a criar cidadãos mais conscientes de que a violência contra a mulher é algo intolerável em qualquer esfera da sociedade, e também fará com que esses mesmos indivíduos reproduzam tais ensinamentos para as próximas gerações.

O fortalecimento das redes de proteção às mulheres também é fundamental para auxiliar neste combate. A Lei Maria da Penha, por exemplo, foi um grande avanço neste sentido, dando maior respaldo às vítimas de violência. Outras ações pontuais também têm contribuído para proteger as mulheres. Porém, é necessário ainda que o Poder Público invista na capacitação das forças de segurança, para que todas as iniciativas funcionem plenamente.

O amparo à mulher também precisa ser revisto e melhorado, para trazer mais segurança. A criação de delegacias especializadas neste tipo de atendimento é essencial, principalmente contando com profissionais aptos a acolherem as vítimas que denunciem agressões ou ameaças. O aumento do número de abrigos também precisa ser debatido, como passo crucial para oferecer apoio imediato.

E por fim, a participação da sociedade é vital neste contexto. Qualquer pessoa pode e deve denunciar agressores e acolher mulheres em situação de risco.

O combate ao feminicídio no Brasil precisa ser tratado como um compromisso conjunto entre governo e sociedade, pois somente deste modo as ações e políticas públicas nascidas para enfrentar esse problema terão efetividade em sua aplicação.