Nos últimos anos, pesquisadores brasileiros têm dado contribuições importantes para o desenvolvimento da medicina e de tratamentos para as mais variadas condições. Nesta semana, por exemplo, foram publicados resultados animadores de um tratamento desenvolvido para trazer novamente os movimentos para pessoas que tiveram lesão na medula. Em caráter experimental, a técnica vem colhendo dados promissores e aguarda autorização da Anvisa para a realização de novos testes.

O resultado desta e de outras pesquisas criadas e desenvolvidas no Brasil apontam para a necessidade de se tratar os investimentos em pesquisa não como um gasto, mas como uma aplicação estratégica para a evolução da saúde pública no país.

Financiar pesquisas sobre doenças e condições que afetam a população brasileira é um meio de diminuir a vulnerabilidade do país e colocá-lo em uma posição de maior independência de outras potências que estejam em um nível mais avançado em termos de tratamentos.  Os recentes casos de dengue no Brasil foram um exemplo disso. Com conhecimento e investimento, foi possível que o Instituto Butantan, em São Paulo, conseguisse desenvolver uma vacina contra a doença que deverá ser distribuída na rede pública.

Além disso, a pesquisa científica pode ser um importante fator de desenvolvimento econômico do país. Atrair investimentos, gerar empregos e ampliar o conhecimento de pesquisadores, que a partir disso passam a criar novos métodos e tratamentos, são apenas alguns dos benefícios que a aplicação de verbas nessa área pode trazer.

Para tanto, é necessário haver um esforço coletivo do governo, da iniciativa privada e da sociedade, com planos claros de financiamento de curto, médio e longo prazos, tornando a ciência uma área que, além de rentável, promova avanços dos mais diferentes tipos.