CDHU lança nova política de financiamento habitacional

Por Portal Opinião Pública 02/10/2025 - 14:46 hs
Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação
CDHU lança nova política de financiamento habitacional
Clientes agora possuem duas formas para pagar parcelas de financiamento habitacional

A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) confirmou, nesta quarta-feira (1), o lançamento de uma nova política de financiamento para os novos mutuários. De acordo com o órgão, a novidade é a possibilidade de o cliente aderir a duas modalidades de pagamentos, optando pela já tradicional fórmula de comprometimento de 20% da renda, com reajuste anual com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) - indicador oficial de inflação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - ou por uma linha de financiamento com parcelas fixas, calculadas a partir do comprometimento de 30% da renda familiar declarada no momento da assinatura de contrato.

Segundo a CDHU, nas duas opções serão mantidas a adequação à capacidade de pagamento das famílias. A nova taxa de 30% de comprometimento já é praticada, por exemplo, nos financiamentos por meio do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), via Caixa Econômica Federal. Entretanto, a nova modalidade traz previsibilidade e segurança para o orçamento familiar no longo prazo. Como não há reajuste, as famílias estarão protegidas quanto a fatores econômicos gerais que afetem o país que possam levar a uma alta inflação. Ao final do contrato, com a inflação acumulada ao longo do período, a taxa será menor do que os 20% da política que já estava em vigência.

No financiamento pelas regras atuais, no valor do salário mínimo de 2025, para uma família com renda de um salário mínimo tem parcelas de R$ 303,60 e será reajustado anualmente. Quem optar pela nova modalidade terá uma parcela de R$ 455,40, que não mudará nos 30 anos de contrato.

Nos dois casos, não há incidência de juros para famílias com renda de até cinco salários mínimos. A partir deste patamar, a incidência é de 4% ao ano.

Outra mudança é quanto ao valor de financiamento para os mutuários. Historicamente, os moradores assinavam um contrato equivalente ao custo total do imóvel. Como há a trava de comprometimento de renda, famílias de menor poder aquisitivo não alcançavam o valor completo investido pela CDHU, mesmo no prazo de 30 anos de financiamento. A diferença entra como subsídio da CDHU, que era aplicado mensalmente, à medida que as parcelas pagas eram limitadas a um valor menor do que o custo cheio. A partir de agora, o subsídio estadual será descontado integralmente no ato da assinatura de contrato e o saldo devedor assumido pelos novos moradores será apenas a parcela que ele tem capacidade de pagar. A medida é aplicada às duas modalidades de financiamento.

Considerando um imóvel construído por R$ 180 mil pela CDHU, uma família com renda de um salário mínimo que, hipoteticamente, deseje quitar o imóvel no primeiro mês deverá pagar R$ 72 mil à CDHU. Pelo cálculo da política anterior, o valor seria de R$ 180 mil.