Editorial - Falou, falou e não disse nada

Por Portal Opinião Pública 14/01/2021 - 11:21 hs
Foto: Reprodução do YouTube/TV Brasil

A vacinação será realizada no dia D e na hora H. Foi isso o que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello disse em entrevista coletiva, na última segunda-feira (11), sobre o início da vacinação. Não deu prazos ou datas para o início da imunização contra o coronavírus em todo o país. Falou, falou e nada disse.

A frase proferida no início da semana se junta a outras pitorescas já ditas pelo ministro. Em dezembro, durante o lançamento do Plano Nacional de Vacinação, ele ironizou as cobranças para que o Governo agisse com maior agilidade em relação a compra das vacinas questionando “pra quê essa ansiedade, essa angústia?”. Uma postura que não condiz, em ambos os casos, com alguém que ocupa um cargo tão importante.

A ansiedade e a angústia por notícias concretas referentes à vacinação se dão porque a Covid-19 já matou, pelo menos, 200 mil pessoas no país e contaminou mais de 8 milhões de brasileiros. E vai continuar contaminando e matando pessoas enquanto não houver a vacinação da população. Estamos atrasados em comparação com diversas outras nações em muitos sentidos e, se nada for feito com a urgência que a situação pede, as consequências seguirão sendo gravíssimas.

Aliás, toda a situação envolvendo a vacinação contra a Covid-19 no Brasil já vinha sendo muito mal gerida dentro do governo. E piorou com as notícias sobre a falta de seringas e agulhas, insumos primordiais para a aplicação das doses. Algo que beira o inacreditável tratando-se de um país como o nosso.

Seriedade é o mínimo que se espera dos representantes da pátria quando se trata de um assunto tão grave e importante para a população.