Mauá decretou estado de emergência na última semana, devido ao acúmulo excessivo de chuvas registrado em fevereiro. Até o momento já choveu 140% a mais do que o previsto pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e pela Defesa Civil do Estado de São Paulo. Nesse período de fevereiro, o previsto era de 284 mm, e já chegamos à marca de 685 mm, causando deslizamentos no bairro do Jardim Zaíra. Além dos tristes acometimentos de famílias em risco iminente, vidas perdidas, prejuízos materiais, o que mais podemos esperar das enchentes? A contaminação por doenças.
Quais doenças têm incidência aumentada nos casos de enchentes?
São doenças de transmissão hídrica ( DTHA), como o próprio nome já
diz, são doenças em que a água é o principal veículo de transmissão. As
principais são: amebíase, giardíase, gastroenterite, febre tifoide e
paratifoide, hepatite infecciosa (Hepatite A e E) e cólera.
Indiretamente, a água também está ligada à transmissão de
verminoses, como esquistossomose, ascaridíase, teníase, oxiuríase e
ancilostomíase.
Essas doenças são consideradas um problema de saúde pública e
estão relacionadas ao meio ambiente, sendo que fatores como a deficiência do
sistema de abastecimento de água tratada, a insuficiência de saneamento básico,
o destino inadequado dos dejetos, a alta densidade populacional, as carências
habitacionais (invasões) e a higiene inadequada, favorecem a instalação e
rápida disseminação dessas doenças.
Principais doenças que se relacionam direta ou indiretamente com a
água e as condições socioambientais.
Sabemos que existem diversas doenças transmitidas pela água e
causadas por vírus, bactérias e parasitas.
É importante termos cuidado ao ingerir ou ter contato com água
contaminada (propícia para parasitoses e doenças bacterianas), e evitar a água
parada em recipientes (ambiente propício para a reprodução de mosquitos
transmissores da dengue, chikungunya e zika).
A principal doença transmitida através da água no contexto atual
das chuvas é a leptospirose (doença infecciosa febril aguda que resulta da
exposição direta ou indireta à urina de animais - principalmente ratos -
infectados pela bactéria Leptospira e sua penetração ocorre através da pele com
lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através
de mucosas), que se contrai por contato direto com a água da enchente, da
inundação e também com a lama úmida que fica após a inundação.
As medidas de prevenção estão relacionadas às condições básicas de
higiene e hábitos de vida, portanto deve-se: A prevenção da leptospirose ocorre
por meio de medidas como:
Obras de saneamento básico (drenagem de águas paradas suspeitas de
contaminação, rede de coleta e abastecimento de água, construção e manutenção
de galerias de esgoto e águas pluviais, coleta e tratamento de lixo e esgotos,
desassoreamento, limpeza e canalização de córregos), melhorias nas habitações
humanas e o controle de roedores.
Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que
crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas que trabalham na limpeza de
lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha
(ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras
e deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água
sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e
desinfecção de locais e objetos que entraram em contato com água ou lama
contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária
para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.
Controle de roedores - acondicionamento e destino adequado do
lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas
d'água, vedação de frestas e aberturas em portas e paredes, etc. O uso de
raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.
Se você esteve em um episódio de enchente recentemente, procure
seu médico para realização dos exames para identificar precocemente a doença em
sua fase precoce.
FONTE: SESA e Ministério da Saúde
Luiz Marcelo Chiarotto Pierro
Clínica Ativa Vacinas
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