Rotulagem de alimentos

Por Rita de Cássia 19/12/2018 - 09:53 hs

 

Segundo a legislação brasileira, todos os alimentos e bebidas industrializados embalados devem apresentar rotulagem, contendo listas de ingredientes, informação de constituição nutricional, validade, lote, peso e origem, de maneira que cada um desses componentes pode representar uma verdadeira ferramenta para os consumidores. 

Analisando-se o rótulo dos alimentos antes de executar a compra é possível escolher aquele que melhor se adequa a você, evitando-se levar para casa algum alimento com componentes que lhe são alergênicos, por exemplo, e escolhendo, através da comparação, o mais saudável tornando possível o contato com o produtor do alimento e até evitando-se desperdício. 

O rótulo é o “bilhete de identidade” de um produto, deve ser o meio de informação ao consumidor para uma escolha adequada do produto, bem como sua conservação e consumo. 

Lista de ingredientes: Os ingredientes são sempre colocados em ordem decrescente da respectiva proporção. Ou seja, o item que aparece primeiro é o que entra em maior quantidade na formulação do produto. 

Light x Diet 

Alimento Light – alimento com redução mínima de 25% das calorias totais em relação a um produto semelhante. 

Alimento Diet é o alimento isento de algum ingrediente, (açúcar, gordura, sódio) e essa informação só pode ser confirmada no rótulo do próprio alimento. 

Atenção! Tanto alimentos diets quanto lights não têm necessariamente todo o ingrediente (açúcar, gordura ou sódio) informado retirado. E, além disso, muitas vezes para retirar um ingrediente aumenta-se o outro. 

Você sabia? 

O grande consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, ácidos graxos trans e colesterol aumentam o LDL – colesterol do sangue, que é o colesterol que nós chamamos de ruim. O LDL é chamado de ruim porque ele é o responsável por transportar o colesterol do fígado para o sangue. 

Tabela de Informação Nutricional: Este item é o que mais desperta o interesse dos consumidores com objetivos específicos, como emagrecer ou prover uma alimentação mais saudável na própria residência; entretanto, é também o maior alvo de dúvidas, por apresentar um conteúdo mais complexo.

A primeira coisa a se observar na Tabela é se ela mostra os nutrientes presentes no alimento e suas quantidades, mas isso se encontra em função de uma porção determinada pelo produtor do alimento, assim, a porção é informada tanto em gramas ou mL, como em medidas caseiras (unidades, xícaras, colheres, copos, etc). A porção escrita no rótulo é aquela que se deve consumir por vez, de maneira a tentar manter uma alimentação “saudável”; entretanto, o consumo de alguns produtos usualmente se dá em mais de uma porção, como salgadinhos e refrigerantes. 

Um exemplo disso pode ser quando uma pessoa come um pacote inteiro de salgadinho; no caso ela comeu mais de uma porção. O mesmo vale quando alguém toma uma garrafa de 600 ml de refrigerante. É importante prestar atenção na diferença de porções entre produtos semelhantes de marcas ou tipos diferentes. Outra questão que desperta muitas dúvidas é o Percentual de Valor Diário, mais conhecido como “%VD”. O %VD representa a porcentagem dos nutrientes e energia presentes na porção estabelecida, em relação a uma dieta de 2000 kcal, que é o recomendado para um adulto. Ou seja, se na embalagem de amendoim japonês o percentual de valor diário de Sódio é de 9%, isso quer dizer que, a ingestão da porção deste corresponde a 9% do recomendado de consumo de sódio diário para um adulto, contudo, deve-se tomar cuidado, pois o valor de um alimento não deve ser avaliado separadamente, deve-se levar em conta a soma de todos os produtos consumidos em um dia, uma vez que cada um apresenta o seu quantitativo de nutrientes. 

Origem, Lote e Prazo de Validade: A data de validade, é o prazo em que o fabricante do produto garante a qualidade deste, de acordo com as condições de armazenamento (guardar na geladeira, por exemplo), a qual também é especificada na embalagem. Essa garantia de qualidade inclui não só questões sensoriais como sabor, textura, aparência e odor, como também segurança microbiológica, ou seja, níveis aceitáveis de possíveis bactérias e fungos que eventualmente possam provocar complicações à saúde do consumidor. Sendo assim, a partir da data prevista na embalagem como a validade, o produtor já não garante que seu produto esteja próprio para consumo.