As férias escolares de julho são
um momento importante para o descanso das crianças, mas também representam uma
excelente oportunidade para reforçar os cuidados com a saúde, especialmente em
áreas que impactam diretamente o desempenho escolar.
Segundo o oftalmologista Fernando
Naves, da Santa Casa de Mauá, problemas de visão podem afetar
significativamente o desenvolvimento infantil e dificultar a adaptação ao
ambiente escolar. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) indicam
que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam alguma deficiência
visual. Os distúrbios mais comuns nessa faixa etária são miopia, hipermetropia
e astigmatismo, que geralmente podem ser corrigidos com o uso de óculos ou
lentes adequadas.
Entre os principais sinais de
alerta estão: aproximação excessiva dos olhos ao livro, caderno ou telas;
esfregar os olhos com frequência, lacrimejamento ou vermelhidão; estreitar os
olhos para enxergar melhor; dores de cabeça recorrentes, especialmente no fim
do dia; dificuldade de leitura, mesmo após a alfabetização; uso dos dedos para
acompanhar o texto; notas baixas e desinteresse pelas aulas.
Além disso, o teste do olhinho,
realizado ainda nos primeiros dias de vida, pode identificar precocemente
doenças como retinopatia, retinoblastoma e catarata congênita.
Outro aspecto fundamental é a
audição, que também pode afetar o rendimento escolar. O otorrinolaringologista
Thiago Brunelli, também da Santa Casa de Mauá, alerta que dificuldades de
alfabetização, trocas de letras e fonemas, desatenção e sono agitado podem
estar relacionados a problemas auditivos. “Cuidar da audição das crianças é
essencial para o desenvolvimento acadêmico e emocional”, afirma.
A perda auditiva infantil pode
ser transitória ou permanente, estável ou progressiva. Muitas vezes,
dificuldades no aprendizado e na linguagem são erroneamente atribuídas ao
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), quando, na verdade,
podem estar ligadas ao Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), uma
condição que afeta a forma como o cérebro interpreta os sons recebidos.
Os principais sintomas do TPAC
incluem: ouvir bem, mas ter dificuldade em compreender o que é dito; falhas na
interpretação de sons; dificuldade de localização sonora e orientação espacial;
problemas de memória auditiva; desatenção, agitação e respostas lentas, além de
dificuldade para distinguir sons semelhantes.
“O diagnóstico precisa ser
preciso e, muitas vezes, requer a atuação de uma equipe multidisciplinar,
formada por otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e
neurologistas”, explica Brunelli. O tratamento pode incluir sessões de
treinamento auditivo, uso de aparelhos específicos e, principalmente, o
envolvimento da família, promovendo melhor adaptação social e sucesso escolar.
Durante a vida escolar, é
essencial que pais e responsáveis estejam atentos ao comportamento e
desenvolvimento das crianças. Além de problemas de visão, audição e TPAC,
fatores como déficit de atenção, carência de vitaminas e cansaço excessivo também
podem interferir no desempenho acadêmico.
O Hospital Santa Casa de Mauá
está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 - Vila Assis - Mauá - fone
(11) 2198-8300.
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