Recentemente, os casos de racismo no futebol voltaram a ser notícia ao redor do mundo. E o que é mais triste é não vermos punição aos criminosos que os cometem.
Somente nas duas últimas semanas, três casos eclodiram no Brasil e no mundo. O primeiro deles aconteceu na Itália, envolvendo o atacante Mario Balotelli. De origem ganesa, o jogador do Brescia foi insultado pela torcida do Hellas Verona durante o jogo entre as duas equipes, em Verona. Irritado, Balotelli – que defende a seleção Azurra – chutou a bola em direção da arquibancada em protesto pelos insultos e ameaçou sair de campo. Porém, nada aconteceu. O jogador, inclusive, sequer teve o apoio de seus companheiros.
Já no fim de semana, um caso na Ucrânia – envolvendo brasileiros – e outro no Brasil ganharam destaque. No leste europeu, os atacantes Taison e Dentinho, do Shakthar Donetsk, também foram insultados por “torcedores” do Dinamo Kiev, no clássico entre as duas equipes. A reação de Taison foi semelhante a de Balotelli, com o jogador ex-Internacional chutando a bola em direção ao público. Só que, diferente do caso na Itália, neste houve punição. O problema é que ela foi dada a Taison, expulso de campo. Ele e o companheiro de time saíram da peleja chorando e sendo consolados por companheiros e adversários.
Enquanto isso, em Minas Gerais, um torcedor do Atlético-MG também insultou um segurança durante o clássico com o Cruzeiro proferindo as seguintes palavras: “não encosta em mim, olha sua cor”. O segurança, é claro, era negro. Depois do ocorrido, o acusado de racismo, em entrevista, voltou a trocar os pés pelas mãos, dizendo que não era racista porque as pessoas que cortavam seu cabelo eram negras.
Tais casos só refletem o que muitas pessoas vivem na pele diariamente, uma vez que o mundo do futebol é só uma parcela do que é visto na sociedade como um todo. Ações como essa não são apenas casos isolados. São as demonstrações de sentimentos carregados dentro desses indivíduos, perpetuados ao longo dos anos, direta ou indiretamente, e expostos na tentativa de menosprezar semelhantes, somente porque os atingidos possuem uma pigmentação diferente em suas peles. E isso é nojento e baixo.
Mas nem todo caso fica impune, ao menos. O português Bernardo Silva, um dos destaques do Manchester City, fez uma “brincadeira” com o colega de equipe, Benjamin Mendy, no Instagram, comparando uma foto de infância do francês ao desenho de uma embalagem do chocolate “Conguitos”. Logo após postar a “gozação”, o jogador viu a má repercussão e deletou a imagem. Tarde demais. Após investigações, ficou decidido que, por um ato fora das quatro linhas, o português seria suspenso por um jogo das competições inglesas, além de ter de pagar uma multa de £ 50 mil.
Pelo menos vemos que uma ou outra instituição leva esse tema a sério. Pena que são raras...
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